segunda-feira, 26 de maio de 2014

O potencial do papelão - Teatro de fantoches

Uma das coisas mais legais de se ter um filho é a oportunidade de estar ao redor de um universo lúdico diariamente. 

Eu cresci com poucos brinquedos e muita imaginação. Foi uma infância muito especial e sei que determinou muito do que sou hoje.

Adoro brinquedos. Mas acho muito mais divertido FAZER o brinquedo! Procurar alternativas sustentáveis e criativas de brincadeiras é um dos meus maiores prazeres atualmente. Até porque me sinto triste vendo que os brinquedos de bebês hoje em dia são cheios de luzes, sons estridentes e que funcionam com baterias. E são muitos, muitos muitos brinquedos. Na TV, na vitrine, na casa do amigo. É presente da tia, dos pais, da amiga da primo e do vizinho da vó.

Em meio a tanto consumo, é quase uma missão essa que assumi, de tentar fazer da infância do Bento um tempo em que simplicidade é sinônimo de alegria e imaginação.

Já colocando em prática, no outro dia encontrei uma caixa de papelão pela quadra.




Papelão, nega, é ouro aqui. A empolgada que funciona dentro da minha cabeça já fica logo com vontade de levar tudo que é papelão pra casa. Para a sorte do Bruno, moramos num apartamento e preciso me conter com a quantidade de lixo em potencial que levo pra casa. 

Mas acontece que essa caixa tinha o tamanho e a espessura perfeitos para um teatrinho de fantoches que há tempos queria fazer para minha afilhada. Então arrastei o caixotão pro ateliê e só com ajuda de cola e tesoura o espetáculo já pode começar. =)


As imagens são quase auto-explicativas, mas vou dar algumas dicas que podem facilitar na hora de fazer um desses.

1. Primeiro reforcei as aberturas da caixa com fita crepe. Com uma criança entrando e saindo, é importante deixar o papelão mais resistente.
2. Fiz uma abertura na metade superior da caixa antes de cobrir com tecido.
3. Cobri a caixa com tecido (com cola branca diluída em um pouco de água) e depois colei viés nas quinas (cola quente).
4. A cortininha cobre toda a abertura da "janela" e está presa só na parte superior. 
5. As fitinhas que ajudam a abrir a cortininha estão presas (cola quente) nas laterais da "janela".
6. Fiz umas bandeirinhas de firula, mas você pode enfeitar como quiser!

Pronto! Ninguém nem vai se lembrar que algum dia havia lixo ali.
Vamos fazer um?



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Meu melhor projeto DIY


Fuuuuuuuu... Deixa eu soprar a poeirada de cima desse menino amarelo de 1 mês, que ficou estampando esse moribundo blog por meses sem fim.

Bentossauro vai fazer um ano em junho e eu ainda não havia conseguido retomar esse espaço. É vida que pulsa, apesar da lentidão do blog. Menino é vida, é pulso. 
Todos aqueles planos, aquelas teorias, aquela intenção. Todas as ideias, o controle, as relações. Tudo muda. 

Resolvi me entregar à maternidade, viver intensamente esses primeiros momentos de Bento. Nunca levei tão a sério a expressão DIY – Do It yourself. Fiz eu mesma. Eu mesma o pari, eu mesma cuidei dele desde o começo, eu mesma o alimentei, eu mesma o ajudei a descobrir o mundo. Dei um pause na rotina, fiquei de altas. Teria ficado ainda mais, dá vontade, mas preciso trabalhar e sinto falta disso tudo. 

Ser mãe é cair em clichês, inevitavelmente. Não consigo escrever esse texto sem dizer que a vida mudou completamente, sem sentir que agora tenho mais vontade de dar o melhor de mim em qualquer coisa, sem declarar que é amor absoluto e devastador. A maternidade transforma, vira, desvira, revira, sacode, em cima, embaixo, puxa e vai.

Assim, essa é minha nova motivação: um pequeno gurizinho quicador, de sorriso aberto e voz potente. As coisas do passado já parecem pertencer a uma Camila distante, menina. 


Estou curiosa para saber como transformaremos juntos, Bento e eu, essa Milonga.






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