Chapéu de flor

Tenho ido a tantos casamentos nos últimos tempos e achado eles tão parecidos entre si, que muitas vezes confundo um com o outro quando vou contar os detalhes para alguém. 

Mas de vez em quando me surpreendo com a ousadia e a criatividade de alguns noivos.

O último que fui, mês passado, foi um casamento na roça. Ele aconteceu na linda cidade de Pirenópolis, em uma noite de muitas estrelas. O jardim estava todo enfeitado com bandeirinhas e balões, a noiva chegou de barraforte circular vermelha e o padre abençou o casal com discurso todinho trabalhado em rimas de cordel. Adorei.

O melhor de tudo é que pudemos nos vestir a caráter e dançar quadrilha, o que eu não fazia desde que o João, da 8ª A, me mandou para a cadeia na festa junina da escola.

Eu, rapidinho, providenciei uma saia rodada de chita, mas o Bruno ainda estava sem o bendito chapéu de palha. Quando já estávamos indo pegar a estrada, sem muito tempo para escolher, compramos um chapéu . Ele tinha uma franja esquisita e enoooorme, mas vá lá, era um chapéu de palha.

Dançamos, rimos, cantamos, achamos o amor lindo e voltamos para Brasília com aquelas franjas ocupando espaço pela casa e nos enchendo o saco. O Bruno queria jogar fora, mas antes que ele pudesse parar no lixo, as minhas anteninhas de vinil começaram a detectar a presença de ideias. Simples, fácil e sustentável, como eu gosto. 

Então, olhem em que o chapéu de transformou com a ajuda de uma tesoura:

Só não vale sair comprando chapéu de palha agora, hein! A ideia é não produzir mais lixo. =)

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