Quando a crise desencadeia celebração

Hoje completo 30 anos. De vida.

Quando setembro começou a se aproximar, suspeitei que a famosa"crise dos 30" era invenção do povo, da mesma forma que achei que TPM não existisse, até parar de tomar anticoncepcional.

Então que, de umas semanas pra cá, meus pensamentos foram tomados por memórias afetivas dessas 3 décadas de experiências profundas e superficiais, constantes e esporádicas, alegres e tristes. Além disso, comecei a questionar tudo: meus valores, minha profissão, minhas prioridades, minha forma de tratar as pessoas, meus sentimentos, a importância que dou às coisas, enfim.

Comecei a sacar que de fato o tempo passa e que a vida é efêmera, que daqui a pouquinho, bem logo ali, já estarei completando 60. Por isso, entendi que devemos usar nosso tempo com sabedoria, não desperdiçá-lo nos aborrecendo com coisas sem importância, ou deixando de fazer o que gostamos de verdade, ou não amando as pessoas e a natureza, ou principalmente, deixando de nos amar.

E foi assim que me rendi: ok, existe a crise. Mas estou me deliciando com ela, desejando que ela permaneça tempo suficiente para que eu me torne uma pessoa melhor e mais feliz.

E em homenagem a ela, em comemoração aos conflitos internos que ela têm me provocado e que têm sido tão significantes para mim, resolvi celebrar o que ela me revelou ser um dos princípios mais importantes na vida: a simplicidade. 

Vou comemorar meu aniversário em um espaço público, aberto ao mundo. E ele será todinho feito à mão, com amor e simplicidade. 

Semana que vem mostro um pouquinho disso tudo pra vocês.

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