A benção, Paulinho!

Eu gosto de me propor desafios na vida. Gosto de testar minha determinação e gosto principalmente da sensação de superação quando eu conquisto alguma coisa. Mas dessa vez eu exagerei.

Decidi que vou aprender a tocar cavaquinho.  O problema é que eu não toco nem caixinha de fósforo, hahahaha.

Me deixei ser contaminada pela euforia de uma conversa na beira da praia sobre a ideia de montar uma roda de samba com tendências feministas.

(?) Eu explico.

Eu sempre gostei de samba e de chorinho. As rodas de samba fazem parte da minha vida há muitos anos. O Bruno toca samba desde que eu o conheço e lá se vão 10 anos. Então posso falar com propriedade: de modo geral, as rodas de samba são ambientes que possuem elementos machistas. O papel das mulheres se restringe a desfilar sorrisos rebolativos e tocar, no máximo, um chocalhozinho.

Então, eu e Paulinha, minha parceira de pensamentos e ideologias, nos propusemos a liderar uma roda de samba cheia de graça e axé, em que as mulheres serão as protagonistas e os homens desfilarão sorrisos rebolativos e tocarão, no máximo, um chocalhozinho. =)

Tudo com bom humor, claro.

Então, para que meu cavaco comece a se sentir querido e ajude minhas mãos a chorarem bonito quando tocarmos Conto de areia, fiz uma capinha pra ele!

Diz aí: não ficou linda de morrer?

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